quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Uma natureza morta de Margaret Preston

«Decoração sem ornamentação» era um dos aforismos usados por Margaret Preston (1875-1963), nome de casada de Margaret Rose McPherson, pintora australiana modernista.
A natureza morta aqui apresentada impressionou-me pela simplicidade do traço e pela depuração dos elementos. O quadro designado «Implement Blue» foi pintado em 1927 e atribui-se-lhe a influência de Léger, nas formas cilíndricas e curvilíneas.  
Depois de ter tirado um curso de arte em Sidney, Margaret Preston foi para a Europa e estudou em Munique e Paris. Foi em Paris, onde frequentou o Museu Guimet, que tomou contacto com pintores pós-impressionistas, como Matisse e Kadinsky entre outros, bem como teve conhecimento dos fundamentos da arte japonesa que se iriam reflectir nalgumas das suas obras.
No regresso à Austrália dedicou-se à pintura, aos desenhos, à impressão e a muitos outros tipos de arte moderna na época, como colagens, utilizando elementos como a madeira e o linóleo. 

Com o seu extenso trabalho experimental tornou-se na mais inovadora artista da sua geração e uma das primeiras a incorporar a arte aborígene nas suas influências, em especial nas naturezas mortas com flores. 

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