sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Museu Virtual: Jarro de Vinho de Maria de Portugal

Nome do Objecto: Jarro de vinho.

Descrição: Jarro bojudo com decoração policromada e que apresenta uma cartela, na face oposta à asa, com a seguinte quadra:

«O vinho é como a Saudade,
adormenta e faz sofrer:
só vive de recordar,
quem bebe para esquecer.
Maria de Portugal»

Material: Faiança.
Época: Década de 1940 (provável).
Marcas: Fca Battistini de Maria de Portugal. Assinado FB.

Origem: Mercado português.

Grupo a que pertence: Equipamento Culinário.

Função Geral: Recipiente para o consumo de bebidas.

Função Específica: Jarro para servir vinho.

Nº inventário: 1047.
 Nota :
Maria de Portugal foi o pseudónimo usado por Albertina dos Santos Leitão (1884-1971), pintora e ceramista que trabalhou com Leopoldo Battistini (1865-1936), que conheceu em 1915.
Battistini adquiriu a Fábrica de Cerâmica Constância, como sócio maioritário, juntamente com o artesão Viriato Silva e Francesso Stella, em 1921. Nessa fábrica Maria de Portugal exerceu as funções de directora artística da então designada Fábrica Constância/Faiança de Battistini, que mais tarde foi designada Fábrica de Cerâmica Constância/Faiança Battistini de Maria de Portugal. Em 1936, após a morte de Battistini assumiu a direcção da fábrica.
É deste período a peça apresentada. Maria de Portugal era também escritora pelo que a quadra que aparece no jarro, com o seu nome, deve ser da sua autoria.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Vidraria Mourão no Porto

 Já falei anteriormente de uma loja tradicional do Porto, a Casa Granado, que vende utensílios domésticos e que ao longo de várias décadas soube manter o aspecto inicial, embora renovando os seus produtos. Disse na altura que na fase inicial, esta casa, vendia também artigos para a construção.

Quando o meu amigo Manuel Paula me mostrou uma das faturas da sua colecção, de que gentilmente me cedeu as imagens, percebi que, neste tipo de lojas, se vendiam habitualmente os dois tipos de produtos.
 Esta fatura, datada de 1931, é da «Vidraria Mourão», situada na Rua de Santo Ildefonso, 241-243, uma casa fundada em 1899 que, posteriormente, abriu uma filial na mesma rua no nº 220-222, designada «Casa das Ferragens».

E a fatura mostra-nos que, apesar do nome, já vendia objectos domésticos. Neste caso um fogão a petróleo Vaccum que, em 1931, era um autêntico luxo, um objecto de grande utilidade, de que também faziam reparações.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os Caldos Maggi em Cubo

Decerto ficarão surpreendidos por saber que os caldos Maggi começaram a ser fabricados no início do século XX. Refiro-me aos caldos de carne concentrados, em cubos, porque as sopas em pó começaram a ser produzidas ainda no final do século XIX. Surgiram como uma necessidade criada pela industrialização na Europa, com a saída das mulheres para as fábricas e, consequentemente, menos tempo para o trabalho doméstico.
Foi um suíço, Julius Michael Johannes Maggi (1846-1912), filho de moleiro e habituado a ver moer cereais que trabalhou numa fórmula para tornar estes mais saborosos, o que veio a conseguiu em 1863 e que se considera como sendo o início da marca Maggi.
Dr. Schuler, um médico suíço, que era também inspector fabril, apercebeu-se das condições de vida das trabalhadoras e de como a sua actividade afectava a alimentação das famílias. Foi ele quem alertou o governo suíço para este problema e sugeriu que fosse proposto a Julius Maggi a criação de um produto vegetal nutritivo que fossem fácil de confeccionar. Em 1885 nasciam as sopas instantâneas, produzidas em grande escala, sendo as primeiras as de ervilha e as de feijão.
Em 1886 Maggi & Cª começou a produzir molhos e, no início do século XX, os célebres caldos em cubos. É sobre estes que queremos falar.
Em primeiro lugar quero salientar, se tudo isto nos parece muito moderno, o que dizer dos caldos de carne já propostos por Vincente la Chapelle, na obra Le Cuisinier Moderne, em 1736, e que em Portugal foram também apresentados sob forma de receita no livro O Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha de Lucas Rigaud, publicado em 1780, com o título:

«Caldo em pastilhas, ou conserva para se transportar, ou por mar, ou por terra a países desertos em jornadas dilatadas; para Comandantes de Exércitos, Governadores de Praças Sitiadas, Cidades aflitas de peste; e outros acidentes, que podem sobrevir, e em que por nenhum dinheiro se pode encontrar, nem galinha, nem carne».

Mas avancemos um século para falar novamente nos cubos Maggi. Logo nos finais de 1888 a Maggi começou a abrir armazéns nas principais capitais europeias, como em Paris, em Berlim, Viena e Londres.
Em 1908, quando surgiu em França o caldo concentrado de carne em cubo foi chamado «KUB».
Olhado inicialmente com desconfiança pelas donas de casa, foi sendo aceite por substituir de forma mais económica a carne. Para isso foram necessárias grandes campanhas publicitárias. E nem os grandes nomes da culinária foram esquecidos para recomendar a sua utilização.
Em Paris Maggi contactou Escoffier para divulgar o seu caldo KUB nas cozinhas comercias. Mas as donas de casa ficavam também abrangidas quando, no seu livro «Le Guide de la bonne Cuisinière», Escoffier declarou:

«Na minha longa carreira de chefe de cozinha pude examinar vários produtos de extractos de carne, utilizados para economizar o tempo de preparação dos alimentos, realçando as suas qualidades saborosas. Posso atestar que os caldos Kub se podem colocar em primeiro lugar».

De forma subtil Escoffier fazia uma comparação com outras marcas que posteriormente tinham aparecido, como a marca alemã de caldos OXO, o Viandox lançado em França pela firma Liebig e a marca Knorr, igualmente alemã.
O grafismo simples de KUB agradava às pessoas e até Picasso foi sensível à sua imagem quando o incluíu num dos seus quadros «Paisagem com cartazes», de 1912, levantando celeuma nos críticos sobre se a sua intenção seria usar uma alegoria à palavra CUBismo ou outra. Alguns chegaram a considerar este quadro como um precursor da Pop-art, antecendento em muitas décadas o trabalho de Andy Wharhol ao usar as latas de sopa Campbell's nos seus quadros.

Não encontrei em Portugal qualquer registo dos caldos Maggi antes da aquisição desta pela Nestlé em 1947. Os caldos em cubo eram no entanto já vendidos pelo seus concessionários em Portugal, a firma Alves & Cª, situada na Rua dos Correiros, nº 41-2º, em Lisboa. Este empresa existia desde 1916 tendo sido fundada pelos irmãos José Bernardo Alves, que era farmacêutico e António Bernardo Alves, guarda-livros e dedicavam-se à actividade de representações estrangeiras.

Mais tarde associaram-se os irmãos Eugénio Bernardo e Joana Maria e passaram a denominar-se Alves e Cª (Irmãos). É interessante que tenha sido também esta firma a representar uma outra empresa suíça, a sociedade Wander, que eram os fabricantes do “Ovomaltine”.
Em 1947 já a representação dos caldos Maggi tinha passada para a Sociedade de Produtos Lácteos, como se pode constatar pelo carimbo aposto sobre a antiga morada, no folheto de 1947, que justificou este poste.
Esta empresa foi fundada em 1923 pelo médico Professor Egas Moniz, que impulsionou a industria leiteira em Portugal e fundou a  primeira fábrica de leite em pó, em Avanca. A fábrica começou a laborar em 1924. Posteriormente a Nestlé e a Anglo Swiss Condensed Milk Cº que já haviam confiado, em 1933, a licença para produção dos seus produtos lácteos à Sociedade de Produtos Lácteos, cuja sede ficava situada na Rua Sociedade Farmacêutica 2, em Lisboa, passou também para essa firma a representação da Maggi. Em 1934 esta firma foi adquirida pela Nestlé.
Os mais novos já não conheceram estes cubos, mas eu recordo-me ainda em pequenina destes em casa da minha tia Olinda, em Lisboa, onde vinha passar férias. Este folheto despertou a minha memória. Ontem, se me perguntassem, diria que estes cubos nunca existiram em Portugal.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sebastião Passa Fome!

Quando há dias escrevi sobre a partitura «Sebastião Come Tudo» pensava ter dito tudo sobre o assunto.

Com grande surpresa minha um amigo, que teve conhecimento deste texto, ofereceu-me uma outra partitura.
Esta sequela da história do Sebastião apresenta a música e a letra de uma dança portuguesa, da autoria de Joaquim Machado. É igualmente uma criação da Orquestra Melo Junior do Café Chave d’Ouro e, tal como a anterior, a capa tem o traço de Stuart Carvalhais.
Percebe-se pela letra porque não teve sucesso:


«Sebastião passa fome de morrer
Já não come há muitos dias,
tem os ossos a partir,
Sebastião já está feio, feio, feio...
E de não engulir nada
Já só pesa quilo e meio»


E, se não bastasse, segue-se a razão do estado do Sebastião:

« Não gasta vintém,
Pois não o tem para o gastar,
Não come,
Não bebe,
Quer andar e já não pode.
Não fuma,
Não joga,
E já não rapa o bigode»

E  Stuart também não ajudou nada. Na capa da partitura vê-se um homem extremamente magro, que se apoia numa bengala para andar, enquanto a sua figura é alvo de risota por parte de um bando de crianças.


Não há dúvida que ninguém gosta da miséria. O poder soube sempre isso ao usar o fausto como entretenimento visual do povo.


Uma música destas estava destinada ao fracasso.  Volta Sebastião barrigudo. Estás perdoado!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Uma ementa com história do Palace Hotel da Curia

Quando olhei pela primeira vez para esta ementa da Curia comecei apenas por achar interessante o grafismo Art-deco. Na capa uma jovem, com vestido de cocktail, abre descontraidamente uma garrafa de champanhe cuja rolha atinge a ponta do nariz do seu acompanhante, quase lhe fazendo saltar a cartola da cabeça. Um humor inofensivo e ligeiro.
Em título podia ler-se “Paraíso- Piscina Bar» e em baixo um escudo com um cisne e as iniciais CPSC.
No interior encontrava-se a ementa do almoço do dia 8 de Julho de 1935, constituída exclusivamente por pratos portugueses. Após os Aperitivos Variados seguia-se uma Sopa à Portuguesa, Sardinhas Assadas, Caldeirada da Murtosa, Pato da Curia com Arroz, Leitão da Bairrada, um Creme à Portuguesa e frutas da região. Como bebidas foram servidos vinho branco e tinto das Caves da Piscina e espumante da Bairrada. No final foram servidos café e cigarros.
Na página oposta, em branco, surgia a uma dedicatória onde se podia ler: «Bem hajam os que trabalham para o bem de todos nós e para o engrandecimento da Pátria».
Seguia-se a assinatura, que me deu algum trabalho a identificar, até perceber que se tratava de «Alexandre d’Almeida».
Fez-se luz no meu espírito e percebi que se tratava de um almoço de homenagem aos trabalhadores do Palace Hotel da Curia, feito por Alexandre de Almeida.
Alexandre de Almeida (1885-1972) foi um grande industrial hoteleiro português, cuja início de actividade na hotelaria se situa em 1917. Contudo só em 1921 adquiriu o Palace Hotel da Curia. Nos anos seguintes, entre 1922 e 1926, o edifício já existente seria ampliado, num novo projecto da autoria do arquitecto Norte Júnior.

Só mais tarde, nos jardins circundantes ao Hotel perto do campo de ténis foi projectada pelo arquitecto Raul Martins uma piscina de dimensões olímpicas. Este arquitecto foi também o responsável pelos projectos lisboetas do Cinema Jardim e pelo antigo Cinema Europa.
O conjunto da piscina e edifício com as áreas de apoio ao seu serviço, de linhas modernistas, foi concebidas para dar a ideia de se estar no convés de um grande navio, em que a “torre”, alberga os chuveiros, o restaurante, um bar, etc. Designado “Paraíso’ ou ‘Piscina Praia’ foi inaugurado em 1934.
Alexandre de Almeida foi um precursor no campo hoteleiro nacional com preocupações de qualidade e modernidade e uma visão internacional que fez com que o conjunto dos seus hotéis atingissem um alto nível. Quando morreu deixou aos seus descendentes, agora na terceira geração, um importante conjunto de hotéis icónicos, de que o Palace Hotel da Curia faz parte.
Esta homenagem aos trabalhadores no primeiro ano da existência da moderna piscina, em 1935, se estou certa na minha interpretação, revela-nos também um homem com preocupações humanísticas e de liderança de pessoal, que à época, era também seguramente inovador.

Nota: Sobre este hotel sugiro que leiam o artigo no blog Restos de Colecção

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A bailarina da Bols

Uma das mais antigas destilarias comerciais documentadas foi a holandesa Bols fundada em 1575 e que ainda hoje existe.
Foi Lucas Bols, nascido em 1625 que expandiu o negócio dos licores e destilados, utilizando ervas e especiarias trazidas pela Companhia da Índias Orientais Holandesa, no seu período de apogeu. Quando morreu, Lucas deixou mais de 250 receitas de bebidas escritas aos seus descendentes, de entre as quais os apreciados licores.
A famosa garrafa Bailarina, foi produzida desde 1957 até ao final da década de 1970. De gosto kitch, transformou-se hoje num objecto de culto, ambicionada por coleccionadores. Apresentava-se em diferentes variedades como o Brandy Apricot, o Licor de Ouro, o Triple Sec, ou o Creme de Menta. O vestido da bailarina podia ser em branco ou em vermelho.

Mas o que verdadeiramente impressiona na garrafa não é propriamente a inclusão da bailarina, mas o facto de ser uma caixa de música, com o mecanismo incluído na base. Dá-se corda e a bailarina dança. Quanto à música escolhida para o bailado varia entre a «Valsa dos Patinadores» ou o «Danúbio Azul».
O seu sucesso foi tal que chegaram a ser produzidas mais de 60.000 garrafas por ano durante os anos 70. Hoje o seu sucesso continua. Se procurarem no youtube podem encontrar vários videos com a imagem da bailarina dançante imersa no licor, de onde retirei este exemplo, para preencherem o tédio das férias.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Coleccionismo de Rótulos de Queijo

 É sabido que há coleccionadores de tudo. Eu por exemplo guardo tudo o que tem a ver com alimentação, que é um campo sem fim.
As razões porque cada um o faz são no entanto distintas. No meu caso tenho uma necessidade de conservar sobretudo os exemplares mais frágeis, aqueles que têm mais probabilidades de desaparecer. Muitas vezes sinto como que uma responsabilidade como se mais ninguém no Mundo o fosse fazer.
 Na realidade há milhares de pessoas a fazê-lo e as razões mais profundas serão outras.
Tudo isto tem a ver com uma colecção que me chegou às mãos. O material coleccionado é diverso, mas vou centrar-me apenas nos rótulos de queijo que me impressionaram.
A principal razão tem a ver com a forma como estão expostos. Colados em folhas foram colocados em arquivos transparentes e arquivados em pastas.

São sobretudo rótulos dos anos 80, sem ordem de nacionalidade, local de origem ou ano. O que ressalta na sua disposição é uma preocupação estética.
Os rótulos estão dispostos por cores do que resultam umas rosetas de grande beleza, semelhantes a imagens caleidoscópicas.
Este critério estético vale mais do que a minha desorganização e considero-o comovente.
Para apreciar nestes dias de Verão, sem necessidade de raciocínios.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Museu Virtual: Bule de Chá

Nome do Objecto: Bule de chá do modelo Kirby

Descrição: Bule em porcelana com exterior de cor amarela e asa, bico, pés e contorno da tampa em dourado. Corpo do bule oval com filtro perfurado integrado.

Material: Porcelana

Época: 1940-1950

Marcas: SP (Sociedade de Porcelanas de Coimbra)

Origem: Mercado português

Grupo a que pertence: Recipientes para o serviço ou consumo de bebidas.

Função Geral: Recipiente para servir bebidas.

Função Específica: Bule para fazer e servir chá.

Nº inventário: 1034

Objectos semelhantes: Bules em metal “silverplated” produzidos em Inglaterra de acordo com o modelo inventado e patenteado pela firma Kirby, Beard & Co, Ltd, de Birmingham e Redditch.
O nome foi adoptado, em 1816, por Robert Kirby e George Beard, que se juntaram para trabalhar numa empresa que já existia desde 1743. A sua actividade inicial foi como fabricantes de ganchos de cabelo e agulhas e posteriormente começaram a produzir objectos domésticos de luxo, que exportavam para a Europa, entre os quais bules para chá.
No início do século XX esta empresa tinha uma loja em Paris na Rue Auber, nº5. Em 1910, um anúncio publicado na revista Femina, em França, mostrava este modelo de bule “Kirby”.
No seu apogeu a Kirby & Beard produziu também máquinas de barbear de qualidade. A fábrica foi destruída pelos bombardeiros alemães durante a II Guerra Mundial .
H. Rousset no livro «Boissons hygiéniques», publicado em 1926, apresenta o modelo de um bule para infusão de chá modelo «Kirby». O próprio bule possui um filtro em louça que permite o contacto das folhas do chá com a água quente quando este está deitado. É por esta razão que o bule apresenta dois pequenos pés, sobre os quais se apoia, juntamente com a asa.
Feito o chá, e para impedir a continuação da libertação dos taninos que dão ao chá um gosto acre, o bule é colocado em pé e as folhas ficam isoladas no recipiente próprio.

Foi este tipo de bule Kirby, inicialmente feito em casquinha, que a Sociedade de Porcelanas de Coimbra, utilizou como modelo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Quando as facturas de Electricidade eram bonitas

 Talvez ainda se lembram da C.R.G.E (Companhias Reunidas de Gás e Electricidade). O que já não se podem lembrar é das facturas antigas.
 Vejam como eram bonitas, informativas e com um preço tão agradável.
A empresa na altura estava apostada na divulgação dos electrodomésticos, ainda raros em Portugal.
 Nesta factura valorizava-se a importância do frio na conservação dos alimentos e deixava-se um convite para uma exposição sobre o tema no Cinema Tivoli.
 Como sugestão apresento um anúncio dessa época a um frigorífico «Electrolux». Foi publicitado no jornal «O Século» de 18 de Julho de 1939.
O seu preço era ainda elevadíssimo, o que explica que fossem uma raridade nos lares portugueses. Quanto ao modelo, se tiverem curiosidade, podem vê-lo num poste anterior.